terça-feira, 16 de dezembro de 2008

PRELÚDIO



Amo-te, mesmo quando o nevoeiro irrompe entre nós.
Desapareces e eu penso em ti.

Abraço-te no meu peito, como da primeira e eterna vez que te vi. Aperto-te e viajo no teu calor; Abandono-me à invasão da tua presença e esqueço-me de mim.
Foste prelúdio de algo que em mim cresceu. És caminha inacabada, és ousadia da minha quimera, és desafio titânico que acolho com fervor.
Fecho os olhos e digo – meu amor – e o meu pensamento voa até ti. E eu perco-me no ardor dos teus lábios e na paz do teu Ser.

GRAVE


É em mim que me encontro, meio a fugir, meio a tropeçar,
Nas vielas de calçada pontiaguda e irregular.
Corro, mas não fujo; tropeço, mas não caio; sangro, mas não lanho.

As chibatadas sucedem-se à cadência de um luar intermitente
Por entre uma névoa escura que na montanha corre.
A calçada ecoa nos meus passos e sinto os pés a sulcarem a vida que não vivi.
Aguardo a alvorada ao compasso dos gemidos das pedras que ao frio tremem.

terça-feira, 14 de outubro de 2008


A energia que este momento me transmite, eleva o meu pensamento. Do pedestal, isolado, um agradecimento ao que em mim se transforma e ganhar ser.

Que se abram novas janelas na vida, nesta minha existência renovada e cada dia mais douta. Que sinta os momentos e os filtre como quem destila uma pétala. Em cada gota de vida.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Meeting Point


Surripiamos paixões, usurpamos os impulsos mais íntimos. Caminhamos em direcção à chegada, sem termos a noção que não saímos do ponto de partida.

Sentimo-nos dono do outro, mesmo que abramos mãos em pedido de protecção e sejamos meros subordinados num sistema que não dominamos.

As raízes petrificam-nos, mas o vento ondula-nos com a intensidade com que molda uma duna. Em cada ramo há uma história, em cada folha caída um sonho perdido, na casca o código da nossa existência.

Foi um crepúsculo de volúpia.
De repente, a embriaguez eclipsou-se e a veemência do desejo desabrochou.

Dento de mim trepida um sabor a novas concepções.
Estou habituado a viver com esta impetuosidade e já nada me assombra.

Foi preciso muito acreditar, foi preciso desejar. Sinto-me mais Homem porque luto, porque construo com grilhetas a fortaleza do meu ego.
Virá o dia em que a sapiência adquirida será o fruto das minhas mãos, o sabor do meu pecado, os olhos do meu desejo, a vontade do meu acreditar.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

DEIXAR DE SER


Há uma força que nos impele. Há uma vontade que nos precipita. É a busca da fantasia que nos povoa. E ela não pára… E nós crescemos com essa busca e embalamo-nos nos devaneios.

Será em vão?

Estéreis são os passos que não damos, vãs são os idílios aos quais não damos oportunidade de prosperar.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Hoje levantei-me.

Procurei-te em mim, mas não te encontrei. Bati à porta, mas já cá não moravas. Entrei sozinho e vi que estava vazio o lugar que antes te estava destinado. As paredes estavam gastas pelo tempo e já não emanavam o nosso odor. A luz já não entrava pelas janelas nas manhãs ensolaradas de Verão.

Saí, fechei a porta e respirei fundo. Duvidei de mim.

Será que foste tu que partiste ou fui eu que abandonei a velha moradia?

domingo, 17 de agosto de 2008

Depois de mim


Como num eclipse, metade de mim está na sombra. Épocas de incerteza se aproximam, e a instabilidade aumenta. Não vou repetir o misto de sentimentos que me invade. Vou viver, vou ultrapassar mais este teste. Acompanhado ou sozinho, a luz virá em meu auxílio. E no fim, bem no fim, eu vou gritar: venci. E depois de desfrutar mais uma vitória, vou preparar-me para uma nova batalha. É assim mesmo… E quando as batalhas acabarem, quando o fim da guerra vier, quero enroscar-me no meu canto e dormir. Bem mereço…

sábado, 2 de agosto de 2008

Só para mim


Há dias em que o sol cintila, mas o espírito jorra pranto.

Agora entendes por que nunca te revelei aquilo que os meus olhos transbordavam quando te viam?
Vou guardar o teu paladar nos meus lábios e murmurar o teu nome quando à lembrança me vierem os minutos em que o meu olhar se perdeu no teu.

E foste-te, como o canto do cisne, em pleno zénite…

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Recordações de ilhéu!



O meu magnífico ano e as minhas magníficas colegas. Saudades da Escola Vitorino Nemésio...

terça-feira, 29 de julho de 2008

INCÓGNITAS


De súbito, fui invadido por uma onda de interrogações. Deverei cortar a meio este momento de exultação ou, então, correr o risco que ele se esvazie aos poucos até esgotarmos as palavras que temos para dizer um ao outro e tudo seja enviado para o baú das recordações?

Inseguro. Sim, sinto-me inseguro. A distância é nossa inimiga. Temos tão pouco tempo para nós.

Nada é eterno. Eu sei que a exultação de sentimentos também tem fronteiras.

Não, não me arrependo de nada. Não me canso de ti.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

DIÁRIO II

Para não escrever sempre que estou triste, lamentando-me, vou escrever no auge da minha bem-aventurança! Nem só de mágoas se fazem os diários!

Sinto-me, simplesmente, repleto! A tua figura borbulha-me na memória. Nem sei como eu, simples mortal, tão pouco perfeito, sou digno de merecer a tua atenção. Não estou interessado em saber como tal é possível. A verdade é que é bom saber que existes na minha vida, seja por minutos, por dias, semanas… whatever, tal como tu costumas dizer!!!

Entre nós os sentimentos e os afectos estão intrinsecamente ligados a uma ligeira discórdia que adoça a “relação”.

Quanto aos ciúmes, foi bom saber que eles existiam da tua parte! Onde há ciúmes, há sentimentos! Essa fragilidade que tu sentiste eu também sinto no dia-a-dia.

Serei teu e só teu, enquanto tu me quiseres!

sábado, 19 de julho de 2008

DIÁRIO I -

Confissões

Não quero fazer um poema, nem ter cuidado com o jogo e a coerência das palavras. Vou apenas deambular pela escrita, gemendo aquilo que pelo meu pensamento passa.


Hoje, conduzia e o vento batia-me na pele. Escaldava. Na minha cabeça eras tu, sempre tu em quem eu pensava. Sentia ira. Estava inundado por uma frustração de te amar, de te desejar, mas de não te poder ter. Via-te, imaginava-te na tua altivez, indiferente aos meus sentimentos. Apetecia-me vingar-me, mas de quê? Sempre soube que não havia caminho a percorrer, apenas me iludi pelo fogo que me consumia.

Subi os degraus, entrei em casa, e mergulhei no vazio da solidão, de ter perdido o que nunca tive. A ressaca dos sentimentos é enorme. Com ódio, amaldiçoei o local onde te conheci, os cafés que tomámos, os telefonemas que me deliciaram, os poucos beijos que te roubei.

quinta-feira, 17 de julho de 2008


Vai, e corre os montes e os vales que pelas pátrias se multiplicam,
E a mim que te amei, relembra-me pelos abismos por onde voares…
Foram escassos os momentos em que a nossa carne se pegou,
Mas intensos foram os toques e os olhares que nos incendiavam a pele.

Ao teu lado eu era um facho incandescente,
No brilho dos teus olhos eu espelhava o desejo de me colar aos teus lábios,
Na luta das tuas palavras eu bebia a tua imagem.

Hoje, de ti guardo aquilo que comigo carrego. Tanta loucura, tanto recordar.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

BRISA

A brisa que passa, o sopro que me sussurra.
Não é o bafo húmido que me toca a face,
Não é o vento seco que me corta a pele.
Perene é o ar, como as folhas que nos pinheiros ficam
Nas noites gélidas do sombrio Dezembro.

Na frescura do orvalho lavo o meu espírito
Com a leveza de um bater que me inunda de gotas cristalinas.
Clama por mim, suave.
Clama, por fim, com a leveza de uma pena, efémera.

Luís Monteiro

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Metamorfose

Há um gesto que de mim se solta, com o brotar emotivo típico de um agradecimento perene à natureza que desabrocha.Neste uso ambíguo dos meus cinco sentidos, solta-se a trivialidade, enraíza-se o silêncio da contemplação.


Este estímulo, qual Fénix renascida, germinou no meu seio.E é no meu seio que das cinzas se faz pó e do pó se faz húmus.É nestes dias que viver dá consolo, caminhar não custa.É deste alimento que a alma bebe e que a consciência se desprende.

domingo, 27 de abril de 2008

PERDIÇÃO


O tempo permanece inerte, quando a vida não se sente vivida. O simples aborrecimento de pensar no tempo, que por mim passa e por mim flúi, é motivo suficiente para pôr as mãos nas paredes e sentir o espaço limitado ao tacto e os horizontes limitados a um reboco de qualquer espécie.
Esse espaço é meu, está compartimentado, vem de mim, rodeia-me e aprisiona-me. Esgota-me o pranto, as perguntas, as respostas. Apaga-se o passado, que, como uma luz intermitente, brilha em segmentos.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

RESISTIR


Vamos em bandos, todos juntos.
Icem as amarras, rebentem as grilhetas.
Corram, gritem pelos montes sonetos de alegria.
Dispam os disfarces, badalem os sinos, acordem consciências.

A verdade tem de alastrar por entre as nódoas que em fumaça se entranham.
É urgente, não a façam esperar.

sábado, 19 de abril de 2008

EXTENUANTE

És o meu pecado, o meu caminho erróneo,
És o meu devaneio em noites de loucura.
Fazes de mim a chama que nos inflama.

Violas-me com o teu segredo,
Fazes-me transpirar de desejo.

O teu corpo pede mais,
A minha boca arde,
Os teus olhos gemem.

Os nossos corpos abandonam-se à volúpia,
As nossas mãos gritam.
A minha boca perde-se no deleite da tua pele,
Os nossos corpos explodem na fadiga do delírio.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

AMICITIAE


De grande converteu –se em forte.
Obra do destino ou mera coincidência.
Nunca pensámos que surgisse,
Mas nada se interpôs nesta vontade mútua.
Vivemos e caminhámos lado a lado, mesmo que à distância.
Vivências comuns, partilhas.
Da alegria à perda, sempre me apoiaste no transvazar destes muros altos que na minha vida surgiram.
Foi assim, é assim.
Sem queixumes nem ressentimentos.
Sentimentos partilhados, ambições fracturadas.
És tu, sou eu. Estamos cá. Venha mais um ano.

Parabéns a nós!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

UTOPIA

"A utopía está no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela afasta-se dois passos. Caminho dez passos e o horizonte afasta-se dez passos. Por muito que caminhe, nunca a alcançarei. Para que serve a utopia? Para isto: serve para caminhar." Eduardo Galeano

sexta-feira, 11 de abril de 2008

HUM... É BOM!












É bom viver sem cilícios.
É bom querer mais, viver mais,
Sentir o odor que se entranha entre a pele e a alma.
Sentir que o espaço que nos separou foi o ponto de partida para um novo fôlego.
Sentir que o horizonte que nos uniu foi o mesmo que permitiu
Que os sonhos regressassem.

Com o sol poente veio o chilrear das aves,
Que nos beirais reclamam por espaço.

As asas caíram-te com o fim da madrugada.
As utopias ficaram mais uma vez adiadas.
Que importa questionar-te sobre as quimeras das insónias?
Vou içar as amarras. O dia urge.

NE ME QUITTE PAS


Não sou poeta, não sou escritor e não pretendo sê-lo.
Escrever é um acto solitário. Uma catarse de dentro para fora.

Há sempre algo que fica por exprimir, algo que se quer camuflar, algo que se quer partilhar. Há sempre um grito que apetece dar.

É nesta relação íntima que coloco a minha existência. Entre a alma, o papel e o computador.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

NA SOLIDÃO DOS SENTIDOS


Silêncio, solidão, insatisfação,
Saturação do paradigma que me rodeia.
Tenho os sentidos entorpecidos.
Que arquétipo é este em que me baseio?

domingo, 6 de abril de 2008

PARA LÁ DE MIM


Para lá de mim, fica o horizonte, infinito e imperceptível.
Aqui, agora, viajo com as minhas asas de Ícaro,
Ora com voo rasante, ora com voo errante.
Fujo. Será do sol, será do frio, da tempestade?
Quão fugaz é o meu voo...

No presente, a certeza de já não ser quem era.

Sorrio, mas não tenho piada. Estou cinzento,
Como naqueles dias em que as nuvens ameaçam cair sobre a Terra.
Sinto-me espiga estéril em seara abandonada.

Luís Monteiro

sábado, 5 de abril de 2008

E AGORA?

É de cólera o meu respirar desde a tua partida.
São de saudade as lágrimas que a custo amordaço nos meus olhos.
Guardo-te em mim, para que em mim vivas enquanto eu viver,
Mesmo que as minhas pegadas sejam exíguas desde que me despedi de ti.

E agora, pai, o que fazer do silêncio que ressoa onde tu passavas?

Eu sei que caminharás ao meu lado,
Eu sei que nos momentos em que sonhar tu serás a minha janela aberta.

Quando cair, dá-me a tua mão.

quinta-feira, 27 de março de 2008

TRAVESSIA

O tempo passou, meu amor,
e a cor dos teus cabelos dissipou-se na escuridão da noite.
Ao teu lado era como que o mundo coubesse nas minhas mãos.
Hoje, a tua recordação sabe a sal das lágrimas que por ti os meus
olhos derramaram.

O silêncio apoderou-se do trepidar que o meu coração sentia
quando os nossos corpos vibravam ao sabor da madrugada.

Hoje, o teu nome já não tem significado.
De ti guardo a imagem, cada vez mais ténue e vazia.

Acabaram os segredos, acabou-se o passado, acabou-se o acreditar.


Luís Monteiro

segunda-feira, 24 de março de 2008

Em ti eu vivo


Vem, Ser que me iluminas, vem a meus braços.
Afoga-te em mim, mergulha comigo na fonte do amor.

Deixa-me perder em ti, vaguear no labirinto da tua alma, percorrer os lugares mais recônditos da tua angélica existência.

Da colheita do nosso amor sairá o elixir da amizade. De ti, só de ti, depende o meu gáudio. Alimenta-me com a doçura da tua existência, embriaga-me com o sabor da tua jovialidade, para nos teus braços me adormecer.

Luís Monteiro

domingo, 23 de março de 2008

NA MINHA METÁFORA



Vazio de mim,
vagueio qual libélula afadigada, cuja vida é efémera e atribulada.
Vazio do incerto, da certeza da incerteza.
A minha metáfora sou eu.


A minha alma é um puzzle de peças soltas, que balanceiam ao sabor de um paradigma indecifrável.
Sempre que de mim saio, entro em mim, para de novo me desencontrar.
Na minha metáfora encontro o meu refúgio, a minha consolação.


Luís Monteiro

quarta-feira, 19 de março de 2008

NU DE MIM

Perante mim, estou nu.
Perante ti, sou jardim em flor.
Em ti, sou um Ser que busca a perfeição.
Em nós há compleição.

Longe de ti, balanço.
Longe de ti, estremeço.

Aceita-me na minha singularidade, na minha banalidade, na minha fraqueza.
Faz-me lutar pelo sabor dos teus lábios,
Faz-me desejar estar em ti e tu em mim.

No conforto do teu olhar eu vivo,
No conforto do teu calor eu cresço,
Na doçura da tua voz eu vibro.

Luís Monteiro

O VENTO QUE ME EMBALA


Bate forte, em rajadas
Bate forte nas janelas
Pulam as folhas
Batem as portadas
Voa o pó, que me turva a visão
Assim se embala o meu coração.

Quem me dera ser uma pluma,
Voar ao sabor do vento…
Quem me dera ter entendimento,
Saber escutar o seu ensinamento.

Leve, cada vez mais leve.
Solto, cada vez mais solto.
Alto, cada vez mais alto.
Luís Monteiro

segunda-feira, 17 de março de 2008

À ESPERA


Amanhã, sempre um novo amanhã, e depois outro, e outro, e depois outro… Deito-me à espera de acordar num novo dia. Todos os dias são novos. Espero que também eu seja novo.

E quem espera… Eu espero?

O tempo passa, o dia é efémero, a noite é fria, eu sou humano.


Luís Monteiro

sexta-feira, 14 de março de 2008

O SONHO COMANDA A VIDA...







Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.




Fernando Pessoa

segunda-feira, 10 de março de 2008

"A ESPERANÇA É O ALIMENTO DA NOSSA ALMA, AO QUAL SE MISTURA O VENENO DO MEDO." VOLTAIRE

Utopia, sonho, o que seria de mim sem eles...


Conseguiriamos nós viver sem a utopia? Por mais que possamos pensar que sim, é mentira.

Todos os dias somos impelidos pela utopia de viver melhor, de sermos melhores, de seres mais felizes.

A felicidade é algo tão vasto e subjectivo que é impossível condensar tudo o que ela implica numa só palavra.


Sonhar é liberdade, é fuga e evasão, é nirvana, é felicidade momentânea, é egoísmo positivo.
Sonhar é não conhecer fronteiras, viajar, ousar, percorrer.
Sonhar é VIVER.

Viver aqui, além, a dormir e acordado.
Ousemos viver no nirvana, passar além da utopia, fazer da utopia um estado de alma, alimentar o nosso espírito na fonte da liberdade.

Luís Monteiro

domingo, 17 de fevereiro de 2008

DANÇA DA ALMA




As palavras caem-me dos dedos,
Como água que jorra da nascente.
As palavras aprisionam-se nos meus lábios,
Como rochedos ancorados a um cais abandonado.
Quero ser eu, quero Ser…
A minha fúria assume a forma de um grito surdo de cansaço.
O meu peito comprime-se a cada sentimento de impunidade.
Queria ter forças para me erguer,
Queria sentir este gemido aprisionado que me soluça na garganta,
Mas sou apenas eu, apenas eu… Silêncio.
Vou quebrar o tempo, vou imergir na mágoa,
Vou falando baixinho, apenas para eu me ouvir…
Voa, Luís, voa, sussurra-me uma voz.
E eu vou bailando na imensidão do meu mundo.

DEIXO-ME LEVAR....

A MINHA CIRCUNSTÂNCIA DE SER

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Ad eternum



Depois de ti rompeu a madrugada,
encheram-se de tinta as uvas outrora verdes.

O Outono voltou a despir as árvores do nosso campo,
e eu parei para ver se ainda te via, mas meu pai,
isso foi depois de ti, e no campo era só o vento que corria.