quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Hoje levantei-me.

Procurei-te em mim, mas não te encontrei. Bati à porta, mas já cá não moravas. Entrei sozinho e vi que estava vazio o lugar que antes te estava destinado. As paredes estavam gastas pelo tempo e já não emanavam o nosso odor. A luz já não entrava pelas janelas nas manhãs ensolaradas de Verão.

Saí, fechei a porta e respirei fundo. Duvidei de mim.

Será que foste tu que partiste ou fui eu que abandonei a velha moradia?

domingo, 17 de agosto de 2008

Depois de mim


Como num eclipse, metade de mim está na sombra. Épocas de incerteza se aproximam, e a instabilidade aumenta. Não vou repetir o misto de sentimentos que me invade. Vou viver, vou ultrapassar mais este teste. Acompanhado ou sozinho, a luz virá em meu auxílio. E no fim, bem no fim, eu vou gritar: venci. E depois de desfrutar mais uma vitória, vou preparar-me para uma nova batalha. É assim mesmo… E quando as batalhas acabarem, quando o fim da guerra vier, quero enroscar-me no meu canto e dormir. Bem mereço…

sábado, 2 de agosto de 2008

Só para mim


Há dias em que o sol cintila, mas o espírito jorra pranto.

Agora entendes por que nunca te revelei aquilo que os meus olhos transbordavam quando te viam?
Vou guardar o teu paladar nos meus lábios e murmurar o teu nome quando à lembrança me vierem os minutos em que o meu olhar se perdeu no teu.

E foste-te, como o canto do cisne, em pleno zénite…