segunda-feira, 23 de junho de 2008

BRISA

A brisa que passa, o sopro que me sussurra.
Não é o bafo húmido que me toca a face,
Não é o vento seco que me corta a pele.
Perene é o ar, como as folhas que nos pinheiros ficam
Nas noites gélidas do sombrio Dezembro.

Na frescura do orvalho lavo o meu espírito
Com a leveza de um bater que me inunda de gotas cristalinas.
Clama por mim, suave.
Clama, por fim, com a leveza de uma pena, efémera.

Luís Monteiro