segunda-feira, 25 de maio de 2009

LEVE



Na tua ausência, ensaiei os meus mais sublimes sentimentos que por ti mantenho. O elo que nos une vacilou na intermitência de não te dominar. Senti-te no meu olfacto, com a ternura de quem procura no ar vestígios de uma presença próxima. Percorri-te com o interesse de uma redescoberta, e quis projectar-me em ti. No meu olhar, estavas contíguo, embora a ambiguidade da visão se confundisse na ira do meu desejo.

O meu verbo sempre se conjugou na tua pessoa. Não quero que o amanhã seja condicional, nem que a tua ausência mirre a minha leveza. Sussurra-me com o teu silêncio, embala-me na tua magnificência para que contigo os meus sonhos sejam sinónimo de desprendimento.

terça-feira, 12 de maio de 2009

PALAVRAS SOLTAS

Qual pétala arrancada pelo vento, qual pólen que esvoaça

Quando já tudo foi dito e o destino parece incerto
Solto-me e sinto-me

O meu eu, o eu que eu procuro
E sempre a incerteza no horizonte
O eu que conheço, o eu que pressinto, o eu que vejo quando a visão se turba


Desprendimento. As palavras sinto-as. Passam as emoções. Solta-se o desejo