segunda-feira, 25 de maio de 2009

LEVE



Na tua ausência, ensaiei os meus mais sublimes sentimentos que por ti mantenho. O elo que nos une vacilou na intermitência de não te dominar. Senti-te no meu olfacto, com a ternura de quem procura no ar vestígios de uma presença próxima. Percorri-te com o interesse de uma redescoberta, e quis projectar-me em ti. No meu olhar, estavas contíguo, embora a ambiguidade da visão se confundisse na ira do meu desejo.

O meu verbo sempre se conjugou na tua pessoa. Não quero que o amanhã seja condicional, nem que a tua ausência mirre a minha leveza. Sussurra-me com o teu silêncio, embala-me na tua magnificência para que contigo os meus sonhos sejam sinónimo de desprendimento.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei desta profundidade e desta "cozedura" de palavras y sentimentos.

Trieste disse...

Fico fascinado sempre que eu venho e vejo a tua forma delicada e exquisita de alinhavar sentimentos com poesia.
Afortunada é a pessoa para quem conjugas o verbo amar, afortunado quem pode te sentir e ler aqui a beleza da tua sensibilidade.

Tens um coraçao mais grande que o teu peito!

Só espero que nunca deixe de te sussurrar para que desprendas as nossas lagrimas com as tuas sensaçoes! ;)

Um abraço, meu amigo!