terça-feira, 27 de outubro de 2009

Foi no silêncio que te descobri e foi no vazio que te perdi. Acalentei mil sonhos, desci e subi mil degraus para te inventar e encontrei-me a mim à deriva. E é neste silêncio de cristal que te vou abandonar aos ecos de um passado que se fez distante e se mirrou pelo esquecimento. Por mil palavras e por mil silêncios que de ti se emanem, eu estarei surdo para os receber. E estéril me eternizo deixando que a minha intuição me guie para o vácuo que me separa das utopias

domingo, 11 de outubro de 2009


Sabes, há sonhos que valem pela sua magnificência e hoje senti-me amado, provavelmente como poucas vezes mo fizeste sentir. Viajei contigo pelas teias do incompreensível e acreditei. Sim, acreditei que não morreste, como em qualquer história que encerra dramatismo e tragédia. Senti-me especial pela tua deferência e apaziguei as saudades que de ti sinto.

Da tua exuberância guardo a imagem e a rapidez com que te apagaste. Já não te choro, mas ainda te lamento. Lamento por não termos sabido viver as nossas diferenças. De não te ter ensinado o quanto aprendi e não te ter murmurado ao ouvido que também eu evolui e cresci com as minhas diferenças. Lamento que tenha sido a separação que fez crescer o nosso amor.

Sabes, hoje, entendo melhor o meu significado. Eu sei que em ti há um pouco de mim e que a minha fonte brota muito do que em ti bebi.

Na mesma paragem em que me deixaste de lágrimas nos olhos, um dia eu regressarei e estarás à minha espera. Depois, resta-nos uma nova etapa para colmatar o que ficou por cumprir.