domingo, 27 de abril de 2008

PERDIÇÃO


O tempo permanece inerte, quando a vida não se sente vivida. O simples aborrecimento de pensar no tempo, que por mim passa e por mim flúi, é motivo suficiente para pôr as mãos nas paredes e sentir o espaço limitado ao tacto e os horizontes limitados a um reboco de qualquer espécie.
Esse espaço é meu, está compartimentado, vem de mim, rodeia-me e aprisiona-me. Esgota-me o pranto, as perguntas, as respostas. Apaga-se o passado, que, como uma luz intermitente, brilha em segmentos.

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