domingo, 6 de abril de 2008

PARA LÁ DE MIM


Para lá de mim, fica o horizonte, infinito e imperceptível.
Aqui, agora, viajo com as minhas asas de Ícaro,
Ora com voo rasante, ora com voo errante.
Fujo. Será do sol, será do frio, da tempestade?
Quão fugaz é o meu voo...

No presente, a certeza de já não ser quem era.

Sorrio, mas não tenho piada. Estou cinzento,
Como naqueles dias em que as nuvens ameaçam cair sobre a Terra.
Sinto-me espiga estéril em seara abandonada.

Luís Monteiro

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