domingo, 20 de março de 2011

Falar de ti, no murmúrio de uma sombra que se faz pensamento
Querer-te, na impossibilidade de não haver água que nos transporte
Fugir do gelo que me avassala e negar que tudo o mais é nada e não volta
Porque não soube que a negação estava implícita nos teus sinais harmoniosos
Enquanto sinto que caminhar é um acto estóico e um imperativo do desejar, parto de dedos entreabertos, como crivo de um Ser que se procura esvair da coerência irascível do universo.

1 comentário:

Unknown disse...

Ola professor!
Parabéns por mais um excelente texto.
Pura arte escrita!
Beijinho da sua ex-aluna, Marsídia Melo.