quinta-feira, 4 de março de 2010

Por entre as rochas nuas

Aqui me sento, entre as rochas cor de cinza, pilares da eternidade. Escorrego, deslizo pelos cristais e eternizo-me. Lá, onde o horizonte acaba, principia-se o advento. Afinal, não é o fim o início de um novo começo?

De costas inclinadas, afasto-me, com as mãos em formato de prece, subindo o promontório. No fundo do vale, o som da água que se apressa. No caminho, devorado pelas giestas e urzes, o som dos tamancos a sulcar as ervas errantes. O ar fica espesso a cada golfada exalada. É agora!

1 comentário:

Trieste disse...

Dizem que a vida é um circulo, que quando tu estas no principio, eu estou no fim. A ti te acompanha o sol e a mim a lua. Neste lugar sempre há alguem, quando tu desces das rochas eu subo, sempre fica alguem no teu punto ou no meu,... e uma roda (ou uma rueda, nao sei)

A agua... sempre está nalgum lugar da nosssa memoria, mesmo seja pra fazerte acreditar que seras apressado por ela... já quiser ela... mas eu nao permito!
Sempre vai ter uma pessoa perto pra sanar as giestas do teu caminho, pra fazerte sentir que sempre é possivel começar com os braços espalhados, abertos pra deixar-se levar pelas sensações... Sim, é agora, bate as asas príncipe do vento que o mundo espera pelo teu sorriso maravilhoso!

Abraço grande!! ;)